- Charlie, já esta na hora, vai se atrasar para o ultimo dia de aula!
Ouvi a voz abafada da minha mãe, que estava do lado de fora do quarto.
- Já estou saindo mãe.
Assim fiz, sai do quarto e encontrei ela no corredor.
- Passe maquiagem querida, os seus olhos olhos estão tão inchados, dormiu demais de novo? Que horas foi dormi?
- Sedo, mamãe. - Eu menti.
Mal minha mãe sabia que o motivo dos meus olhos estarem daquela maneira não era "dormi demais" e sim, chorar demais. Quando eu vou superar e aceitar que quando eles dizem que "vai ser pra sempre", eles estão mentindo?
- São panquecas, suas preferidas. - Eu sorri para minha mãe.
- Obrigada mamãe.
Comi tão pouco essa manhã, mais só comi para minha mãe não fazer sermão, com o Blá-blá-blá que eu estava desnutrida e que eu podia desmaiar na escola.
- Mãe, vou me maquiar, tô que nem zumbi.
Ri. - É, vai lá.
Eu subi para o meu quarto, não costumo a me maquiar, e nem sei na verdade. Passei só uma sombra escura e bem lápis de olho, rímel, e eu estava parecendo uma Gótica ou uma Emo, é sério. Antes de sair de casa eu coloquei meu Allstar, peguei um chapéu (sem essas figurinhas do chapéu, eu sempre tiro elas) pois estava muito sol essa manhã.
- Tô saindo mãe!
Não esperei ela falar nada, porque se ela falasse seria "tira esse chapéu de malando, menina! Eu não tô criando nenhuma malandra." e eu não ia tirar, isso iria dar em briga, eu não quero brigas agora. Coloquei os fones e fui o caminho todo ouvindo musica, sabe musica de verdade? Então, ouvi desde do rock ao mais "romantiquinho". Guns N' Roses, Sugarcult, The Classic Crime, Mando Diao, Mindless Self Indulgence, Billy Talent, Elliott Yamin, Lifehouse, Secondhand Serenade... e enfim, o caminho da minha casa para a escola é bem longe, mais é bom, eu aproveito pra seilá, pensar, apesar de não querer pensar em muita coisa hoje, não quero chorar e acabar com a minha maquiagem incrivelmente emo/gotica, e mesmo, já estou começando a avistar as vadias do colégio onde eu estudo.
- Ah, decidiu virar emozinha hoje, foi Charlie? - Disse Amber.
- Se foi... Problema é meu. E você? Decidiu ficar mais perua hoje né? Aff.
Continuei andando, não ia dar atenção para as vadias no nilo hoje. Elas se acham, só porque são lideres de torcida, só que o que elas nem sabe é que até a minha avó anima mais do que elas todas juntas. Ainda bem que cheguei na sala, me sentei na ultima cadeira como sempre, aumentei mais a musica no fone de ouvido que nem notei quando a professora chegou, ah, qual é? Se ela viesse chamar minha atenção, eu ia mandar ela se catar porque eu tô ouvindo Aerosmith, ela não pode me interromper nessa hora sagrada do dia né?
- Charlotte. - Ela me chamou, já na minha frente. Ah porra, essa peste veio me chamar, que ódio.
- É a terceira vez que eu te chamo, Charlotte! - Ela continuou.
- Primeiro, eu odeio quando me chamam de Charlotte, todos os professores me chamam de Charlie, porque você quer ser melhor do que eles e me chamar de Charlotte? E segundo, o que a senhora quer? Eu não tô fazendo nada de mal, não tô falando, tô quieta no meu canto enquanto a senhora tá dando aula... - Eu ia continuar, só que ela me interrompeu.
- Calma, é só que o novo aluno vai sentar com você.
- Ah, eu não quero alguém aqui comigo nã... - Eu olho pro lado e vejo o menino, cara, o que era aquilo? Um deus grego? - Aff, tá senta.
As cadeiras da sala era de dupla, eu nunca deixava ninguém sentar comigo porque a pessoa poderia conversar comigo, e sinceramente? Eu sou daquelas estudantes a moda antiga, não gosto de conversar na sala de aula. Por isso alguns professores gostam de mim.
- Oi. - Disse o menino. Sorridente.
- Oi. - Eu disse seca, e aumentei mais a musica do Aerosmith no meu Iphone, me deixando quase surda, pelos fones. O menino falou alguma coisa e eu nem ouvi, então tirei um lado para ouvi-lo.
- Que que cê disse, man? - Falei, e fui notar o quão "malandra", eu tô hoje.
- Que Aerosmith são demais.
- É eles são mesmo.
- Deixa eu ouvir com você? - Ele sorri.
- Tá, claro. - Dei um lado do fone para ele.
- Porque veio no ultimo dia de aula? - Perguntei, por curiosidade.
- Queria ver como é aqui, no inicio desse ano que entra, eu venho estudar aqui.
- Ah sim, coitado de você.
Eu falei já pegando o meu caderno para anotar o que a professora estava escrevendo no quadro.
- Hum... Porque coitado de mim?
Ri baixo.- Você é sangue novo, as vadias da escola vão cair matando em cima de você?
- Uol. - Ele ri baixinho também. - E quem são elas?
- As lideres de torcida.
- Então vou me dar bem. - Ele mordeu os lábios, eu ri.
- Safado, como todos os garotos.
- Ei, eu sou diferente valeu?
- Aham. - Levantei uma sombrancelha. - E eu... Papai noel.
Ele ri.- Um papai noel Emo?
- Sim. É a nova moda, não sabia? - Eu ri e continuei. - Não uso maquiagem preta todos os dias, não gosto de me maquiar, passei isso hoje porque... Ah, deu a louca. - Eu sorri.
Ele me olhou e estendeu uma das mão para pegar na minha.
- Prazer, sou Justin.
- Fala Justin, sou... - Ia continuar, mais...
- Você é Charlotte.
- Me chama de Charlotte que eu acabo com a tua vida. Só Charlie!
Ri. - Não quero perde minha vida, tá bom Charlie.
Apesar de estarmos sussurrando, a professora que se incomoda com tudo, ficava nos olhando de 5 em 5 minutos. Até que a aula dela acaba, tivemos só mais uma, e foi no laboratório, não assisti porque disse que estava passando mal. Eu menti é claro, e não fui pra casa, e sim para uma praça perto de casa, precisava pensar.
- Oi!
Disse...
- Ah, decidiu virar emozinha hoje, foi Charlie? - Disse Amber.
- Se foi... Problema é meu. E você? Decidiu ficar mais perua hoje né? Aff.
Continuei andando, não ia dar atenção para as vadias no nilo hoje. Elas se acham, só porque são lideres de torcida, só que o que elas nem sabe é que até a minha avó anima mais do que elas todas juntas. Ainda bem que cheguei na sala, me sentei na ultima cadeira como sempre, aumentei mais a musica no fone de ouvido que nem notei quando a professora chegou, ah, qual é? Se ela viesse chamar minha atenção, eu ia mandar ela se catar porque eu tô ouvindo Aerosmith, ela não pode me interromper nessa hora sagrada do dia né?
- Charlotte. - Ela me chamou, já na minha frente. Ah porra, essa peste veio me chamar, que ódio.
- É a terceira vez que eu te chamo, Charlotte! - Ela continuou.
- Primeiro, eu odeio quando me chamam de Charlotte, todos os professores me chamam de Charlie, porque você quer ser melhor do que eles e me chamar de Charlotte? E segundo, o que a senhora quer? Eu não tô fazendo nada de mal, não tô falando, tô quieta no meu canto enquanto a senhora tá dando aula... - Eu ia continuar, só que ela me interrompeu.
- Calma, é só que o novo aluno vai sentar com você.
- Ah, eu não quero alguém aqui comigo nã... - Eu olho pro lado e vejo o menino, cara, o que era aquilo? Um deus grego? - Aff, tá senta.
As cadeiras da sala era de dupla, eu nunca deixava ninguém sentar comigo porque a pessoa poderia conversar comigo, e sinceramente? Eu sou daquelas estudantes a moda antiga, não gosto de conversar na sala de aula. Por isso alguns professores gostam de mim.
- Oi. - Disse o menino. Sorridente.
- Oi. - Eu disse seca, e aumentei mais a musica do Aerosmith no meu Iphone, me deixando quase surda, pelos fones. O menino falou alguma coisa e eu nem ouvi, então tirei um lado para ouvi-lo.
- Que que cê disse, man? - Falei, e fui notar o quão "malandra", eu tô hoje.
- Que Aerosmith são demais.
- É eles são mesmo.
- Deixa eu ouvir com você? - Ele sorri.
- Tá, claro. - Dei um lado do fone para ele.
- Porque veio no ultimo dia de aula? - Perguntei, por curiosidade.
- Queria ver como é aqui, no inicio desse ano que entra, eu venho estudar aqui.
- Ah sim, coitado de você.
Eu falei já pegando o meu caderno para anotar o que a professora estava escrevendo no quadro.
- Hum... Porque coitado de mim?
Ri baixo.- Você é sangue novo, as vadias da escola vão cair matando em cima de você?
- Uol. - Ele ri baixinho também. - E quem são elas?
- As lideres de torcida.
- Então vou me dar bem. - Ele mordeu os lábios, eu ri.
- Safado, como todos os garotos.
- Ei, eu sou diferente valeu?
- Aham. - Levantei uma sombrancelha. - E eu... Papai noel.
Ele ri.- Um papai noel Emo?
- Sim. É a nova moda, não sabia? - Eu ri e continuei. - Não uso maquiagem preta todos os dias, não gosto de me maquiar, passei isso hoje porque... Ah, deu a louca. - Eu sorri.
Ele me olhou e estendeu uma das mão para pegar na minha.
- Prazer, sou Justin.
- Fala Justin, sou... - Ia continuar, mais...
- Você é Charlotte.
- Me chama de Charlotte que eu acabo com a tua vida. Só Charlie!
Ri. - Não quero perde minha vida, tá bom Charlie.
Apesar de estarmos sussurrando, a professora que se incomoda com tudo, ficava nos olhando de 5 em 5 minutos. Até que a aula dela acaba, tivemos só mais uma, e foi no laboratório, não assisti porque disse que estava passando mal. Eu menti é claro, e não fui pra casa, e sim para uma praça perto de casa, precisava pensar.
- Oi!
Disse...
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